quarta-feira, 25 de junho de 2008

you can´t always get what you want

não sou grande fã dos rolling stones e na verdade o meu conhecimento sobre a sua música resume-se ao mais básico dos básicos: satisfaction, angie, simpathy for the devil, brown sugar e a minha favorita, miss you, que descobri num vynil de tributo às pedras rolantes lá em casa do papá!

mas não são os stones tema deste post, mas sim aquela música específica referida em assunto... you can't always get what you want... e a razão é simples... neste meu desterro dediquei-me ainda mais às séries de televisão... um gajo sozinho e tal não pode estar sempre a recorrer à masturbação para se divertir e distrair, por isso, vai de séries para cima... 30 roc, dexter, weeds, secret diary of a call girl, californication e swingtown... para mim as séries do momento! nas duas últimas surge a dita música e sempre em momentos em que o(s) personagem(ens) se rendem à realidade... nem sempre têm o que querem, mas até acabam por ter o que precisam... bela filosofia, mr. jagger, resta ir tentando, pode ser que um dia...





P.S.: nos coros do refrão aparece um coro gospel que, espantem-se, faz agora parte da minha vida... pressionante cara, pressionante... por isso aqui fica o link para o coro onde ando, o Saint Dominic's Gospel Choir, e que me faz transvestir de quando em vez com aquelas belas túnicas!...

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sexta-feira, 20 de junho de 2008

c'mere

interpol
"c'mere"
(antics, 2005)

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dude, wtf?

bem, nem queria acreditar na primeira vez que ouvi esta merda a passar na rádio, nãh, não é possível que esta merda venda... mas é possível e até acabo por perceber o porquê!
é mais uma daquelas "artistas" envolvidas em melodias easy-listening que até os ouvidos mais treinados e educados se, incautos, deixam enrolar... depois, no verão, com os amigos(as), o pessoal até acaba por bater o pézinho e, se por acaso do destino, a dita passa para as pistas de dança, a coisa torna-se incontrolável e acaba-se, mesmo que timidamente, aos saltinhos e a abanar a cabeça ao seu ritmo e até, com um pouco mais de jeito e de companhia, por fazer com que o ouvinte se renda às tentações da carne e se deixe envolver no roça-roça dos corpos dançantes!...
enfim, acabei por ficar curioso e procurar o video e as letras da música e, já agora, ver o aspecto da animala... fuck me, Pale is going to hell!... a cabrona cai-me na fraqueza, branquela de cabelo escuro, olhos claros e ar travesso, para dizer o mínimo, pinta de pin-up com ar de dita von teese... e pronto, passou a música, passou o tesão e a gaja tem um ar demasiado americano para o meu gosto para merecer a minha preciosa atenção!
assim, deixo aqui um video, e não "o" video, porque este é quitado e já é tempo de apimentar a porra deste bloooooooorgh...



katy perry
"i kissed a girl"
(one of the boys, 2008)

This was never the way I planned
Not my intention
I got so brave, drink in hand
Lost my discretion
It's not what, I'm used to
Just wanna try you on
I'm curious for you
Caught my attention

I kissed a girl and I liked it
The taste of her cherry chap stick
I kissed a girl just to try it
I hope my boyfriend don't mind it
It felt so wrong
It felt so right
Don't mean I'm in love tonight
I kissed a girl and I liked it
I liked it

No, I don't even know your name
It doesn't matter
You're my experimental game
Just human nature
It's not what, good girls do
Not how they should behave
My head gets so confused
Hard to obey

I kissed a girl and I liked it
The taste of her cherry chap stick
I kissed a girl just to try it
I hope my boyfriend don't mind it
It felt so wrong
It felt so right
Don't mean I'm in love tonight
I kissed a girl and I liked it
I liked it

Us girls we are so magical
Soft skin, red lips, so kissable
Hard to resist so touchable
Too good to deny it
Ain't no big deal, it's innocent

I kissed a girl and I liked it
The taste of her cherry chap stick
I kissed a girl just to try it
I hope my boyfriend don't mind it
It felt so wrong
It felt so right
Don't mean I'm in love tonight
I kissed a girl and I liked it
I liked it

e o namorado, onde fica no meio disto tudo? penso que, se ficar lá no meio, não se irá importar de todo! e quem poderá censurar a gajinha, tinha curiosidade, nem sequer está apaixonada esta noite e rendeu-se à natureza promíscua da raça humana, por mais que o tentemos negar... e depois, como não concordar com ela, as gajas são realmente mágicas e irresistíveis... sem dúvida, demasiado bom para o negar e, para além disso, foi só um beijo inocente... m'engana que eu góstu!...

enfim, meninas identifiquem-se ou roam-se de inveja, meninos aproveitem o tesão ("never waste an hard-on, never pass a bathroom & never trust a fart!...") nem que seja a dar uma voltinha no site da dita dita, e ponham as vossas meninas a ouvir esta merda, pode ser que lhes dê ideias... não precisam de me agradecer, mas olhem que eu não duro sempre!...

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quinta-feira, 12 de junho de 2008

versículos reptilianos


decidi hoje recuperar algo que escrevi num anterior blog, há pouco mais de dois anos, no ido Janeiro do ano da graça do Senhor de 2006 - a "graça do senhor" tem mesmo graça e abre-me um leve esgar de troça!...

porque razão desenterro tudo isto? apesar de estar numa situação diferente da do passado, ainda que caminhando eternamente mas por opção, na ténue linha que separa a esperança da desolação (Bob Dylan dixit), há fundamentalmente sentimentos idênticos que ligam todo este tempo passado - não completamente à letra, pois tudo o que escrevo também não é para ser levado "à letra", não pressuponham que me entrego de mão beijada, como um livro aberto... não, isso seria demasiado fácil, desinteressante e pouco estimulante para quem lê, como destemperando do veneno subversivo de quem escreve...

hoje, mais uma vez, o lagarto e a serpente que me acompanham fazem sentido, por tudo o que escrevi naquela altura, e muito mais, pelo sentido que fazem hoje... a sua eternidade faz-me pensar que tatuei-me comigo próprio...

nas linhas e entre-linhas destes versículos reptilianos me encontrarão, para o bem e para o mal e, acima de tudo, para além de ambos!...

que prevaleça então o que maior prazer traga!... que impere o maior significado que carreguam!...
que domine a visão e a sobrevivência sobre todas as coisas vivas e inanimadas, sabendo discernir a todo o momento o quanto de um e de outro se deve misturar na vida que se bebe todos os dias!...

versículos reptilianos

(¯`·._) VERSÍCULOS REPTILIANOS (¯`·._)
- Capítulo Um -

.:. O Rei Lagarto .:.

primeiro o "Rei Lagarto", símbolo indissociável dos The Doors! claro que (quase) ninguém olha para o dito e exclama: "Olha o Rei Lagarto dos The Doors!". nãh... ninguém chega lá, até porque a maior parte das pessoas que conhece a banda é capaz de trautear o "Light My Fire" e lembrar-se do "People Are Strange" e pouco mais, a banda é antiga e não se ouve normalmente aí pelas rádios locais nem na MTv e quanto muito os nossos pais lembram-se deles como "as portas"... e depois, o tão famigerado Lizard King, só aparece no inlay de um album ("Waiting For The Sun" de 1968), lá no meio, refundido e pouca gente lhe passa cartão... e até se fizerem uma busca na net pela imagem é difícil de encontrar, mas encontra-se e foi a partir de uma delas que a minha primeira tatuagem nasceu!

a tatuar alguma coisa em mim, tinha de ser algo com que me identificasse genuinamente e os "The Doors" fazem sem dúvida parte da minha vida, tanto que, qual Fausto que vendeu a alma ao Diabo, também eu a venderia só para poder assistir a um concerto dos gajos... mas como nem Deus nem o Diabo existem e o tempo deles já passou, fiquei-me pelos dois + um concertos da versão século XXI e já gozei bastante!...

para além da capacidade de sobrevivência e da manutenção da longevidade da espécie, mitos relatavam que, os répteis, tinham uma pedra preciosa alojada no seu crânio, na zona do nosso hipotálamo, denominado "terceiro olho". pode-se romantizar a coisa, mas este olho não é mais que uma área semi-transparente, sensível à luz, relacionada com o controlo metabólico diurno e sazonal, produzindo hormonas que desencadeiam a reprodução e a hibernação... será que não prestei a devida atenção ao que este terceiro olho via? será que a míopia extrema que me ataca os outros dois olhos não me permitiu ver ou será que não quis ver? ou será que vi demais e ao ver demais imaginei demais... demasiado? não sou definitivamente um gajo visionário... e toldado terei ignorado a sabedoria milenar da espécie? ou terá sido reacção, instinto, busca de calor tão necessária ao sangue frio que corre nas veias?

então, terceiro olho, quando começas a funcionar? terás provocado hibernação ou insolação? mesmo quando frio, por vezes, porque me ferve o sangue? mesmo quando quente, porque procuro queimar-me? funcionaste, porque deixei de ver?...

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versículos reptilianos

(¯`·._) VERSÍCULOS REPTILIANOS (¯`·._)

- Capítulo Dois


.:.
A Serpente Ocre .:.



ora, agora a segunda tatuagem já foi diferente e os significados dividem-se. em primeiro lugar, a imagem, uma serpente em círculo que morde o próprio rabo era o símbolo de uma série do Michael-X-Files-Crichton chamada "Millenium", com o personagem Frank Black, detective visionário das desgraças da nossa espécie. Gostei do símbolo e da série desde o início! mas depois esta serpente, a que eu apelido de "Pale Gold Snake" é facilmente associável aos inevitáveis The Doors. as referências a répteis nas letras e poesias do Morrison são mais que muitas. no entanto, para além destas associações eu dou-lhe mais significados, símbolo da eterna continuidade do tempo e da sua cíclicidade. hoje estamos em baixo, mas amanhã podemos estar em cima, e vice-versa. é também para mim um reminder, para não me esquecer da volta que a minha vida deu e as suas razões, do poder que me deu, mas acima de tudo do poder que me tirou... às vezes sinto necessidade, qual "Memento" de escrever na carne o que o espírito não lembra... já teria um livro escrito na pele se assim fosse... é certo que tudo tem os seus altos e baixos, mas eu voltava sempre... até ao dia em que pensei não voltar, a serpente abriu a boca e o ciclo quebrou-se, acabando o seu poder... agora, tatuada, agarra-se ao que resta, ao pouco que não se perdeu, tentando reconstruír-se e lembrando-me do que verdadeiramente importa e tem valor... terá ela o poder de outrora, conseguirá ela reconstruír-se em vez de se consumir de uma vez? as roldanas do tempo ainda rodam, mesmo que com dificuldade, o tempo que o senso comum diz que tudo muda & cura, mas que na verdade nada faz sem a nossa acção... nesta serpente nasci, nesta serpente morri, nesta serpente espero, um dia, renascer!...

segundo consta, este símbolo ainda tem um outro significado. pelos vistos há uma seita inglesa que adoptou o símbolo com o significado de Mayhem, isto é, auto-flagelação... até já passei por aí num período negro da minha adolescência, da qual às vezes penso que ainda não saí, mas já não é por aí que esta serpente tem significado para mim...

também não é por eu ser, segundo o horóscopo chinês, de signo serpente... essa é por assim dizer uma feliz coincidência, sendo a anterior uma infeliz!... mas ainda há mais outra coincidência engraçada, o meu nome em hieroglífico começa com uma horned víper (Lat. Vípera Cerastes, Cerastes Cerastes, Cerastes Cornutus ou simplesmente Cerastis), venenosa comum nos desertos e que faz um som sibilante terrível F-F-F-F com as suas escamas sempre que se sente ameaçada, e que é associada a uma vida eternamente jovem, mas também associada ao mal. A divindade Apophis (Apep) era considerada, inimiga da ordem, espalhando o caos. Mas há no entanto uma outra divindade Renenutet, uma cobra, associada à fertilidade dos campos... víper, serpent, cobra... venha o diabo e escolha... ou melhor, lembrei-me agora também, venha a tentação e escolha, pois seríamos todos puros e castos se não fosse a malfadada serpente a tentar Eva a comer a maçã da árvore da sabedoria... ignorantemente puros e castos!... portanto, por muitas voltas que lhe dê, por muita vontade que eu tenha de dar um significado positivo à diabólica serpente, ela tem um curriculum e um cadastro que tornam difícil a sua aceitação...

porventura é isso que eu tento fazer agora com a minha vida, tenho de a aceitar e aguentar com os seus erros, com os meus erros... haverá redenção possível? haverá o bem para compensar o mal e atingir o equilíbrio teorizado pelo Kaballah? terá a serpente algum lado positivo ou será ela intrinsecamente negativa e não tem como fugir à sua natureza? e todas as perspectivas que se tem da sua natureza são necessariamente negativas? será mesmo essa a sua natureza, qual é a sua natureza, o que é isso de "natureza"? sabem porque se capturam serpentes? porque o seu veneno tanto é usado como antídoto às suas picadas como noutros medicamentos... será esta a resposta? na serpente encontrar-se-à o bem e o mal, o veneno e o antídoto, a doença e a cura, o principio e o fim... por isso ela se morde e se fecha, por isso a sua cíclicidade... por isso, se calhar, sou como sou e no seu covil me sinto tão bem...

... resta-me agora encontrar o seu bem e compensar o seu mal... já foi demais para uma serpente só... aguardo a sua natureza, aguardo ser alguém melhor... aguardo que isto tudo não seja uma (des)ilusão provocada pelo veneno e que não esteja mais que no último estertor antes do sistema nervoso central colapsar de vez sob o seu efeito e de as funções vitais cessarem por hemorragia interna ou simplesmente por parar de... respirar!...

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quarta-feira, 11 de junho de 2008

machine gun

... como uma morte lenta...
... como uma longa execução...
... já se ouve a voz de um anjo, demónio...
... às portas do que me espera!...

... será veneno do meu coração nada-normal?...
... será a culpa do que fiz, ou do que não fiz?...

... serão as escolhas, assim, tão erradas...
... merecendo tantos sacrifícios!?...

... agora descansa o teu dedo no meu gatilho...
... e dispára se assim tiver de ser...

... esperarei então, depois de tudo...
... por uma possível reanimação...
... na ténue linha entre...
... a esperança e a desolação!...



portishead
"machine gun"
(third, 2008)

saw the savior,
and the savior come my way
I thought I'd see i
In the cold light of day

but now i realize, that I'm only for me
if only i could see, return myself to me,
and recognize the poison in my heart
there is no other place, no one else i face

the remedy will break with how i feel


here am I reflecting
what more can I say
for I am guilty
for the voice that I have made
too scared to sacrifice a choice
chosen for me

if only I could see
return myself to me
and recognize the poison in my heart
there is no other place
no one else I face

the remedy will agree with how i feel

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